ARTIGO DE OPINIÃO | | Bercencio Vilanculos, Presidente do Pelouro de Desenvolvimento das Capacidades Locais da CTA, destaca os desafios da empregabilidade de jovens nos projetos de Oil&Gas O desafio de geração de emprego tem eco, no horizonte de longo prazo, conforme revelam estudos do Banco Mundial, segundo os quais anualmente temos 500 mil jovens em idade ativa que ingressam no mercado laboral a par de um crescimento populacional de 2.5%, cifra considerada alta. Estes desafios ainda são mais pronunciados quando focalizamos a província de Cabo Delgado, principalmente devido aos impactos nocivos dos ataques terroristas sobre a actividade económica e consequentemente na capacidade de geração de emprego para jovens. Aliás, um estudo da CTA sobre o impacto dos ataques terroristas sobre o tecido empresarial mostra que cerca de 56 mil postos de trabalho diretos e indiretos foram afetados. Uma das prioridades do +EMPREGO tem em vista responder a uma inquietação das empresas no que tange à oferta de mão- de- obra qualificada no mercado. Neste sentido, o projeto terá o seu enfoque direcionado na capacitação dos jovens. A empregabilidade de jovens na indústria de petróleo e gás é um tema crucial para o desenvolvimento económico e social. Para melhorar as oportunidades de emprego para essa faixa etária nesse sector, é necessário adotar abordagens abrangentes: 1. Educação e Formação Profissional: Investir em programas de educação e formação profissional específicos para a indústria de petróleo e gás, garantindo que os jovens adquiram as habilidades técnicas necessárias. 2. Estágios e Aprendizagem: Estabelecer parcerias entre empresas e instituições de ensino para oferecer estágios e programas de aprendizagem, que proporcionem aos jovens experiência prática. 3. Inclusão de Tecnologia: Incentivar a formação em tecnologias emergentes, como automação, inteligência artificial e energias renováveis, para que os jovens estejam preparados para as mudanças na indústria. 4. Mentoria e Desenvolvimento de Carreira: Implementar programas de mentoria que conectem jovens a profissionais experientes na indústria, auxiliando-os no desenvolvimento das suas carreiras. 5. Diversidade e Inclusão: Promover políticas de diversidade e inclusão para atrair uma força de trabalho jovem diversificada, criando um ambiente inclusivo onde todos possam prosperar. 6. Sustentabilidade: Investir em iniciativas de sustentabilidade e energia limpa na indústria, demonstrando um compromisso com práticas responsáveis e atraindo jovens preocupados com o meio ambiente. 7. Apoio Governamental: Trabalhar em estreita colaboração com o Governo para criar um ambiente regulatório favorável e políticas que incentivem o emprego jovem no sector de petróleo e gás. 8. Promoção da Conscientização: Educar os jovens sobre as oportunidades de carreira na indústria de petróleo e gás, desmistificando preconceitos e destacando a importância estratégica desse sector para a economia. 9. Reskilling e Upskilling: Oferecer programas de reciclagem e aprimoramento de habilidades para que os jovens possam se adaptar às mudanças tecnológicas e de mercado. 10. Responsabilidade Social Corporativa: Empresas do sector devem demonstrar o seu compromisso com a comunidade local, apoiando projetos sociais e ambientais que beneficiem a região. A empregabilidade de jovens na indústria de petróleo e gás não apenas impulsiona o desenvolvimento económico, mas também prepara a próxima geração para lidar com os desafios energéticos e ambientais do futuro. Portanto, é fundamental adotar essas estratégias para garantir um sector mais dinâmico, inclusivo e sustentável. Pela melhoria do ambiente de negócios! Bercencio Vilanculos, Presidente do Pelouro de Desenvolvimento das Capacidades Locais da CTA Intervenção realizada no evento de lançamento da Campanha Empresa +Emprego, Pemba, 26-09-2023. | NOTÍCIAS DOS NOSSOS PARCEIROS | | União Europeia anuncia pacote de 428 M€ para Moçambique nos próximos quatro anos A União Europeia (UE) revelou esta terça-feira, 19 de setembro, que vai investir em Moçambique, nos próximos quatro anos, 428 milhões de euros. Segundo o Embaixador da União Europeia em Moçambique, Antonino Maggiore, a verba será aplicada em todos os sectores prioritários do País como infraestruturas, agricultura, transporte e apoio ao empoderamento da juventude. Falando em Maputo, durante uma conferência de imprensa após o encontro entre a Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) e a União Europeia, Antonino Maggiore assegurou que “através deste financiamento, queremos fortalecer a nossa parceria com Moçambique assim como apoiar o seu desenvolvimento económico”. Por sua vez, o presidente da CTA, Agostinho Vuma referiu, na ocasião, que o maior foco da agremiação nesta parceria entre Moçambique e União Europeia é encontrar soluções financeiras alternativas à banca para micro, pequenas e grandes empresas. Além deste pacote de quatro anos, Antonino Maggiore assegurou que durante o Fórum de Investimento Global Gateway Moçambique-União Europeia, que vai decorrer entre 22 e 23 de Novembro em Maputo e que contará também com a participação do Presidente da República, Filipe Nyusi, vão ser anunciados vários acordos de financiamento para Moçambique, entre os quais 18 milhões de euros para a construção de um Centro Nacional de Controlo de Energia, cujo objetivo é assegurar uma maior capacidade operacional da rede elétrica moçambicana. https://www.diarioeconomico.co.mz/2023/09/21/economia/investimento/uniao-europeia-anuncia-pacote-de-428-me-para-mocambique-nos-proximos-quatro-anos/ | | União Europeia disponibiliza 102,9 M€ para reabilitação de estradas na região Norte A União Europeia aprovou, em julho último, um contrato de financiamento para a reabilitação de estradas nas províncias de Nampula e Zambézia, no valor total de 102,9 milhões de euros. As empreitadas distribuídas em três lotes, todas ao abrigo do projeto “Promove Transporte”, foram entregues às construtoras portuguesas Mota-Engil e Conduril. No projeto, a Mota-Engil, detida em parte pela China Communications Construction Company, ganhou um lote de obras no valor de quase 45 milhões de euros, para a construção de estradas em Nampula. Por sua vez, a Conduril assegurou mais dois lotes, ambos na província da Zambézia, num valor de 39,4 milhões de euros e 18,6 milhões de euros, respetivamente. No dia 6 de setembro, falando durante a cerimónia de lançamento da primeira pedra do alargamento e asfaltagem de quase 100 quilómetros da Estrada Nacional 104 (N104) entre Angoche e Nametil, província de Nampula, no norte do País, o Presidente da República, Filipe Nyusi, considerou o ato como “um sonho de várias gerações”. “Este ato de lançamento da primeira pedra desta estrada é a demonstração do nosso compromisso enquanto Governo, apesar dos muitos problemas que o País enfrenta”, afirmou o chefe de Estado, na cerimónia realizada na sede do distrito de Angoche. O governante acrescentou que a empreitada, ao abrigo do programa “Promove Transporte”, que pretende fomentar as acessibilidades no espaço rural, vai “beneficiar toda a região sul da província de Nampula”, permitindo escoar a produção agrícola e pesqueira local, internamente e para o exterior, além de “dinamizar o grande potencial turístico” da região. https://www.diarioeconomico.co.mz/2023/09/06/negocios/infra-estruturas/uniao-europeia-disponibiliza-1029-me-para-reabilitacao-de-estrada-na-regiao-norte/ | | Lançamento oficial do primeiro Fórum de Investimento Moçambique-União Europeia Global Gateway 2023 Numa ação conjunta envolvendo o Governo, através do Ministério da Indústria e Comércio, a Associação das Câmaras de Comércio Europeias (EuroCam) e a Delegação da União Europeia em Moçambique, teve lugar no dia 01 de setembro, na 58ª Edição da FACIM, o lançamento oficial do primeiro Fórum de Investimento Moçambique-União Europeia Global Gateway 2023. Sob o tema “Criando oportunidades de negócio”, o Fórum irá decorrer no contexto do diálogo regular entre o Governo e União Europeia e pretende realçar a consolidação da relação económica existente e atrair investimentos de qualidade no âmbito da iniciativa. O evento é projetado como uma oportunidade para os sectores públicos e privados, avaliarem as inúmeras oportunidades de investimento e comércio que Moçambique tem para oferecer, nomeadamente em áreas com potencial significativo de recursos naturais, tais como energia, mineração, agro-negócio, turismo do mar e interior, silvicultura e pesca e o seu acesso ao mar territorial. O Fórum irá centrar-se igualmente na necessidade do valor acrescentado aos produtos com o selo “Made In Mozambique”, através de uma industrialização integrada. O encontro de alto nível, com a duração de dois dias, 22 e 23 de novembro de 2023, irá reunir decisores políticos moçambicanos e europeus, agências do sector público, embaixadas e consulados dos Estados Membros da União Europeia, agências de apoio ao sector privado, associações empresariais e Câmaras de Comércio, executivos de indústria, instituições de intermediação financeira, investidores, instituições financeiras Internacionais e parceiros de desenvolvimento. Globalmente o investimento da UE desempenha um papel crucial no apoio ao desempenho económico do Pais, criando oportunidades para as empresas locais, estimulando o ambiente empresarial e construindo uma parceria económica mutuamente benéfica. https://www.oeconomico.com/forum-de-investimento-mocambique-ue-global-gateway-2023-lancado-na-facim/?sc=128192307770375c02bd280e846c06e9ae865554c | | CTA lança fundo de investimento Africa Invest - financiamento para sector privado, com foco nas PMEs A Confederação das Associações Económicas (CTA) e o Africa Invest apresentaram recentemente em Maputo uma linha de financiamento para as empresas moçambicanas com vista a impulsionar investimentos e promover o conteúdo nacional. Diferentemente de mecanismos utilizados por bancos comerciais, a estratégia utilizada pelo Africa Invest não prevê juros no reembolso do capital investido. O Africa Invest é um fundo de investimento privado sob regulação dos Estados Unidos da América, que assegura, desde 2019, a gestão de 100 milhões de USD de investimento no continente africano, operando em diversos sectores, bem como em aplicações financeiras de dívida soberana ou de outra natureza. No âmbito desta linha, o Africa Invest está disponível para financiar as empresas em montantes que partem de um milhão a 13 milhões de USD, privilegiando projetos ou empresas com contabilidade organizada, com sócios competentes que investem o seu capital para o desenvolvimento do negócio. Agronegócio, imobiliário, hotelaria são uns dos sectores priorizados pelo Fundo, alinhados com as prioridades nacionais. Intervindo na ocasião, o Presidente da CTA, Agostinho Vuma, referiu que o memorando de entendimento assinado entre as partes se enquadra no Plano Estratégico 2021-2024 da Confederação que, entre outras ações, visa identificar soluções para diversificar as fontes de financiamento do sector privado moçambicano. https://cartamz.com/index.php/economia-e-negocios/item/14663-africa-invest-lanca-linha-de-financiamento-de-100-milhoes-de-usd-sem-juros | | A Unilurio Bussiness School, em parceria com projeto Feed the Future, impulsiona o desempenho e competitividade no mercado agrícola e o emprego na região norte No âmbito do acordo da parceria assinado em 2019 entre o projecto Feed the Future Agricultural Innovations Activity – FTF-INOVA e a UniLúrio Business School, cujo objetivo é o de introduzir inovações agrícolas de modo a melhorar o desempenho, a produtividade e a competitividade no sistema de mercado Agrícola, bem como fortalecer a relação entre a academia e sector agrícola, decorreu recentemente a visita do Embaixador dos Estados Unidos de América à UniLúrio Business School. De acordo com o Vice-Reitor para Área Administrativa da Universidade Lúrio, professor Doutor Marcelino Liphola, “a parceria Permitiu à UBS definir a agricultura como sector prioritário de intervenção na região norte de Moçambique, impulsionou a empregabilidade dos estudantes, onde registamos 20 estudantes empregues, 3 empreendedores e 12 estágios Profissionais. Esperamos que o encontro de hoje possa alimentar o presente e perspetivar o futuro para novas parcerias, quiçá, que possamos contribuir no novo programa da Feed Future que hoje será lançado”. https://www.facebook.com/unilurio/ | ENERGIA E AMBIENTE | | As energias renováveis e os planos de Moçambique para o acesso universal à eletricidade até 2030 Nos últimos anos os projetos de energias renováveis entraram em força na matriz energética nacional, motivados pelo crescente interesse dos investidores internacionais em potenciar as energias limpas perante o imperativo mundial de descarbonização até 2050 e, principalmente, pelo facto de o país possuir um potencial imensurável para a produção das renováveis. De acordo com o Presidente da Associação Moçambicana de Energias Renováveis, Ricardo Pereira, através do levantamento feito há dez anos constatou-se um potencial à volta de 23 mil gigawatts dos vários recursos energéticos espalhados pelo País, sendo os mais abundantes de origem hídrica, eólica, biomassa, solar e até geotérmica. Atualmente, o maior aproveitamento de energias renováveis é feito através dos recursos hídricos, designadamente a hidroelétrica de Cahora Bassa e, mais recentemente aprovada, a hidroelétrica de Mphanda Nkua. Ricardo Pereira referiu que “a parte solar já está a ter algum aproveitamento, porque já temos grandes centrais instaladas, com destaque para Mocuba com capacidade de 40 MW. Mas ainda não é comparável com o potencial das energias renováveis que poderá ser injetado na rede até 2030”. Do total de potência hoje instalada, apenas 39% estão de facto disponíveis para consumo nacional, uma vez que a maioria se destina a exportação ou a consumo próprio. Sobre a expansão das renováveis, são de considerar as mini-redes, segmento em que o envolvimento do sector privado tem sido diminuto. Em relação aos sistemas solares caseiros, os operadores privados começaram a comercializar estas alternativas num modelo ‘pay as you go’ (paygo) desde 2017. https://www.diarioeconomico.co.mz/2023/09/07/oilgas/energia/a-forca-dasenovaveis/?utm_source=mailpoet&utm_medium=email&utm_campaign=Setembro+2023 | | Na Cimeira do Clima em África, a Declaração de Nairobi pretendeu mobilizar os investimentos para ação climática e o apoio ao aumento das energias renováveis A 6 de setembro decorreu a Cimeira Africana do Clima 2023, um evento organizado pelo Governo queniano, em colaboração com a Comissão da União Africana (CUA), sob o lema “Impulsionando o Crescimento Verde e Soluções de Financiamento Climático para África e o mundo”. O compromisso obtido no final da Cimeira, a Declaração de Nairobi, reflete o consenso dos líderes africanos sobre os riscos das mudanças climáticas para economias e sociedades africanas e as necessidades de investimento. A proposta inclui compromisso regional de investir U$ 30 bilhões por ano em segurança hídrica, e exige à comunidade internacional o compromisso de aplicar U$ 100 bilhões por ano em financiamento climático. A Declaração reforça o pedido aos líderes globais para que encarem a descarbonização da economia como “oportunidade para contribuir para a equidade e prosperidade compartilhada.” O texto estabelece, ainda, a Cimeira Africana do Clima como um encontro bianual e define a posição comum dos países africanos para as negociações da Conferência de Mudanças Climáticas COP28, que acontecerá em novembro nos Emirados Árabes Unidos. Os líderes africanos propuseram ainda um regime de taxação financeira que gere recursos para a ação climática em larga escala, a reestruturação e alívio da dívida dos países e um processo na Assembleia Geral da ONU que origine um novo marco de financiamento climático até 2025. Por seu turno, o Secretário-geral da ONU pediu “uma grande aliança” para a transição no continente africano para as energias renováveis. Guterres enfatizou que irá trabalhar com os líderes e organizações africanas, como a União Africana, para concretizar um “progresso rumo a um futuro pacífico, próspero e sustentável, que a África precisa e merece.” https://news.un.org/pt/story/2023/09/1820032 | | Moçambique pretende garantir um pacto de transição energética com as nações ricas Moçambique está empenhado em tornar-se o mais recente país a garantir um pacto de transição energética com as nações ricas, esperando anunciar o mesmo na Cimeira do Clima COP28, no final deste ano. O país planeia aproveitar o seu abundante potencial hidroelétrico, solar e eólico para satisfazer as suas próprias necessidades energéticas e as dos seus vizinhos, bem como utilizar o mesmo para processar minerais de bateria como a grafite e o lítio, disse Marcelina Mataveia, Diretora Nacional de Energia. Foram mantidas conversações sobre o financiamento com a Bélgica, a Alemanha, o Reino Unido e os Emirados Árabes Unidos. O pacto, cuja peça central seria um projeto de energia hidroelétrica e de transmissão no valor de 4,5 mil milhões de dólares, pode ter semelhanças com as chamadas Parcerias para a Transição Energética Justa, que alguns dos governos mais ricos do mundo estão a implementar com a África do Sul, Indonésia, Vietname e Senegal. “A estratégia de transição energética abrangerá os transportes, a indústria” e o fornecimento de energia às comunidades rurais, disse Mataveia numa entrevista em Nairobi, capital do Quénia, a 27 de setembro. Segundo a Diretora Nacional de Energia, um plano de investimento será anunciado na COP28, a reunião mundial sobre o clima, que começa a 30 de novembro, no Dubai. De acordo com Carlos Yum, Diretor do Gabinete de Implementação do Projeto de Mphanda Nkuwa, “o cabaz energético vai mudar substancialmente a partir de 2030”. O plano de transição energética também incluirá soluções fora da rede para comunidades remotas e a mudança gradual da frota de transportes de gasolina e diesel para carros elétricos e biocombustíveis, disse Mataveia. https://www.oeconomico.com/mocambique-devera-anunciar-plano-climatico-no-valor-de-milhares-de-milhoes-na-cop28/?sc=128192307770375c02bd280e846c06e9ae865554c | INDICADORES SOCIOECONÓMICOS REGIÃO NORTE – CABO DELGADO E NAMPULA | | Lançada a obra de requalificação de estrada Angoche - Nametil, no âmbito do projeto “PROMOVE TRANSPORTE”, financiado pela União Europeia No último dia 6 de setembro, em Angoche, litoral sul da província de Nampula, assistiu-se ao lançamento da primeira pedra para a asfaltagem da Estradada Nacional número 104 (N104), que liga aquela vila municipal à Nametil, distrito de Mogovolas, num percurso de 96 quilómetros, ambas na nortenha província de Nampula. Este empreendimento é uma extensão lote I do projeto “PROMOVE TRANSPORTE”, financiado pela União Europeia que inclui a reabilitação e manutenção de estradas rurais nas províncias de Nampula e Zambézia, visando a ligação rodoviária do Rovuma ao Maputo, numa perspetiva de integração regional e africana. As obras estão orçadas em 48 milhões de euros, financiadas pela União Europeia (UE), com uma duração de 26 meses e incluem áreas de responsabilidade social como a construção de escolas e fontes de abastecimento de água em locais já identificados. O Presidente Nyusi, que presidiu à cerimónia, afirmou que a asfaltagem deste troço da N104, que irá completar a ligação entre Angoche e a capital provincial Nampula, permitirá o escoamento da produção agrícola, valorizar e dinamizar o grande potencial turístico da zona o que inclui outros distritos costeiros como Moma, Larde e Liúpo. Duarte Graça, encarregado de negócios da delegação da EU, referiu que partilha a mesma visão de Moçambique que considera as infraestruturas rodoviárias como fundamentais para promover a conectividade e a mobilidade segura. “A conectividade está no centro do desenvolvimento socioeconómico sustentável e inclusivo e é o conceito-chave do pacote de investimento “Global Gateway” da UE lançado em 2021, que visa criar ligações inteligentes, sustentáveis e seguras a nível mundial na área digital, da energia e do transporte e fortalecer os sistemas de saúde e educação em todo o mundo”, destacou. https://www.oeconomico.com/pr-lanca-obra-de-requalificacao-da-en-104-custa-perto-de-us-55-milhoes-disponibilizados-pela-ue/?sc=128192307770375c02bd280e846c06e9ae865554c | | Grafite de Balama vai ser exportada via Pemba, trazendo receitas para a província e contribuindo para a criação de postos de trabalho O porto de Pemba, na província nortenha moçambicana de Cabo Delgado, inaugurou no dia 19 de setembro um armazém de trânsito, com capacidade para dez mil toneladas, para movimentar grafite extraída no distrito de Balama. Tradicionalmente, o porto de Pemba movimenta combustível, madeira e clínquer para o fabrico de cimento de construção. Segundo noticiou a Agência de Informação de Moçambique, a exportação da grafite deverá aumentar a quantidade de carga movimentada pelo porto de Pemba de 250 mil para 400 mil toneladas por ano. Anteriormente, a grafite de Balama era exportada exclusivamente de Nacala, na província vizinha de Nampula. A infra-estrutura foi construída no porto de Pemba pela Grindrod Logística Moçambique, contratada pela Twigg Exploration Mining, que explora a mina de grafite de Balama. Durante a inauguração, o Secretário de Estado da província de Cabo Delgado, António Supeia, defendeu que o entreposto de trânsito de grafite materializa um dos desejos do Governo, que era ver este mineral exportado através de Pemba. “A concretização deste objetivo vai trazer mais receitas para a província, além de contribuir para a criação de postos de trabalho”, disse, acrescentando que o entreposto pode também ser utilizado para armazenar outro tipo de cargas, no âmbito da maximização das potencialidades das instalações. https://www.diarioeconomico.co.mz/2023/09/21/oilgas/extractivas/cabo-delgado-grafite-de-balama-vai-ser-exportada-via-pemba/?utm_source=mailpoet&utm_medium=email&utm_campaign=Setembro+2023 | | Porto de Mocímboa da Praia, em reabilitação, vai ser crucial para a indústria de Oil & Gas O projeto de desenvolvimento do Porto de Mocímboa da Praia foi iniciado em dezembro de 2019, mas interrompido em agosto de 2020 devido a incidentes de insegurança na região do Mocímboa da Praia. Helénio Turzão, Administrador do Porto, refere que as atividades retomaram em agosto de 2022, após a reconquista da cidade/vila, que havia caído nas mãos dos terroristas, incluindo o Porto, e que se investiu na recuperação das infraestruturas danificadas na sequência dos incidentes de insegurança no Mocímboa da Praia. “Desde agosto de 2022 até a presente data, temos realizado investimentos na recuperação do antigo cais de atracação e construção de um novo cais. Com esses investimentos, aumentamos a capacidade de atracação de uma para três embarcações simultaneamente no Porto de Mocímboa da Praia. Nosso objetivo é criar uma base de desenvolvimento que se equipar ao Porto de Pemba”, acrescentou Helénio Turzão, que falava num dos seminários de negócios decorridos na FACIM 2023. Para atingir esse objetivo, encontra-se planeada a realização de investimentos adicionais na dragagem do porto, movimentando cerca de 1,3 milhão de metros cúbicos. Os benefícios decorrentes dos investimentos realizados incluem o aumento da capacidade do porto, o crescimento das atividades logísticas e portuárias, a geração de empregos e o aumento das receitas públicas. Para a gestão do Porto de Mocímboa da Praia, os investimentos em curso contribuirão para otimizar os custos logísticos dos projetos na região norte de Cabo Delgado. https://www.oeconomico.com/porto-de-mocimboa-da-praia-em-reabilitacao-ja-absorveu-us-42-5-milhoes-vai-ser-crucial-para-a-industria-de-oil-gas/?sc=128192307770375c02bd280e846c06e9ae865554c | RECURSOS +EMPREGO | | Manual de formação em Habilidades para a Vida O Manual de Habilidades para a Vida apoia os formadores para ministrarem o módulo "Aplicar o autoconhecimento para o desenvolvimento pessoal, social e profissional”, e pretende criar nos jovens beneficiários do projeto o desenvolvimento de competências transversais para a vida. O desenvolvimento dum Programa Modular de Literacia e de Competências para a Vida, incluindo os aspetos relativos às Tecnologias de Informação e Comunicação, sustentabilidade e género, é um dos objetivos do projeto +EMPREGO, que visa aumentar o comportamento positivo e adaptável, ajudando os jovens beneficiários a desenvolver e praticar habilidades psicossociais que minimizam os fatores de risco e maximizam a inclusão socioprofissional, participando para melhorar o nível de qualificações para os empregos disponíveis. Veja o documento completo aqui. | | DISCLAIMER Esta publicação foi produzida com o apoio financeiro da União Europeia. O seu conteúdo é da exclusiva responsabilidade dos seus autores e não reflete necessariamente a posição da União Europeia.
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