+EMPREGO | Newsletter eletrónica | Dezembro 2024

+EMPREGO  |  Newsletter eletrónica 

Dezembro 2024

Edição especial de fim do Projeto 

 

Esta é a última edição da Newsletter eletrónica mensal do projeto +Emprego para os Jovens de Cabo Delgado, que terminará em 15 de dezembro de 2024, depois de quatro anos de implementação.

 

Agradecemos aos financiadores, parceiros, implementadores, e aos vários stakeholders, a atenção concedida à leitura desta Newsletter, que esperamos tenha cumprido o seu objetivo de divulgação e disseminação de resultados, iniciativas e recursos.

 

Aproveitamos para desejar a todos um Bom Ano de 2025, com mais paz e sustentabilidade!

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DESTAQUES +EMPREGO

+EMPREGO para os Jovens de Cabo Delgado: quatro anos de um percurso pleno de desafios, mas também de aprendizagem e conquistas 

Depois de quatro anos de implementação (2020-2024), chega ao seu fim o projeto “+Emprego para os Jovens em Cabo Delgado”, cofinanciado pela União Europeia e cofinanciado e gerido pelo Camões IP (cooperação portuguesa).

Foram quatro anos a transformar vidas e a semear um novo futuro para muitos jovens de Cabo Delgado, contribuindo para a melhoria do seu acesso ao trabalho decente e do respetivo rendimento.

Este resultado só foi possível através do estabelecimento de parcerias com sete entidades moçambicanas e três portuguesas: Instituto Nacional de Emprego (INEP), Instituto de Formação Profissional e Estudos Laborais Alberto Cassimo (IFPELAC), Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Fundação Aga Khan Moçambique (AKF-MZ), Universidade do Lúrio (UNILURIO), Instituto Industrial e Comercial de Pemba (IICP), Instituto Politécnico Mártir Cipriano (IPMC), Mota Engil África, Instituto de Soldadura e Qualidade (ISQ - Portugal) e Centro de Formação Profissional para a Indústria Metalúrgica e Metalomecânica (CENFIM-Portugal).

No que concerne aos resultados da intervenção, os principais indicadores de desempenho do Projeto mostram que as metas foram não apenas alcançadas, mas superadas.

Em termos de resultados quantitativos, o projeto +Emprego demonstrou um impacto significativo nos seus três Resultados:

Resultado 1: O projeto abrangeu 36 MPMEs e beneficiou diretamente 182 diretores e equipas técnicas de Ministérios, Secretarias de Estado e instituições públicas a nível central, provincial e local, promovendo o fortalecimento institucional e a integração das MPMEs na cadeia de valor.

Resultado 2: Formou e graduou 900 jovens em Educação Profissional, com destaque para a participação feminina (44 % do total de formandos). Garantiu a qualificação de 318 formadores, orientadores vocacionais e tutores de estágio, ampliando as competências de profissionais-chave para a formação e orientação de jovens em Cabo Delgado.

Resultado 3: Apoiou a realização de 204 estágios profissionais e 100 estágios curriculares e 349 jovens foram abrangidos com ações de promoção do autoemprego. Foram atribuídos kits de apoio ao autoemprego a 232 jovens, sendo que 186 foram inseridos em negócios formalizados. Do total de jovens diplomados, mais de 50% tinham uma atividade no final do projeto.

Ao combinar capacitação, assistência técnica e parceria com o setor privado, o projeto +Emprego teve um impacto positivo em Cabo Delgado, abordando os desafios de empregabilidade da juventude num ambiente complexo. As ações implementadas fomentaram a colaboração entre setores e parceiros, impulsionaram a qualificação profissional e facilitaram o acesso dos jovens ao autoemprego. O empreendedorismo e a criação de autoemprego são, de resto, uma das áreas de maior inovação do +Emprego.

O projeto contribuiu ainda para uma mudança sistémica nas práticas e políticas institucionais, estabelecendo um ambiente mais favorável à criação de emprego e à capacitação em Cabo Delgado. Exemplos concretos incluem o desenho de novas qualificações, fortalecimento institucional, parcerias estratégicas e criação de infraestruturas, nomeadamente a Incubadora de Empreendedorismo Jovem de Pemba e o Centro de Excelência de Formação de Formadores, que contribuem para a transformação das estruturas e práticas locais.

A sustentabilidade dos resultados alcançados foi garantida pela criação de infraestrutura e parcerias estratégicas e pela aposta no ecossistema local de emprego, entendido não como uma responsabilidade única e delimitada, mas sim como um conjunto interligado que implicou uma variedade considerável de organizações, de diversa natureza, pública e privada. Os parceiros trabalharam de forma cooperativa, fazendo em simultâneo evoluir as suas capacidades de qualificação de jovens e de criação de emprego, numa rede de vínculo e apoio amigável. Essa conexão foi pautada pela confiança, equilíbrio e dinamismo entre as partes envolvidas.

Destaque ainda para o foco no indivíduo, na personalização dos apoios. Face às necessidades de cada jovem foi mobilizado um portfólio de medidas (formação, estágios, apoios ao autoemprego, etc…) que responderam às suas necessidades individuais.

Em suma, de acordo com o estudo desenvolvido por uma entidade externa (1) , “O projeto serve, assim, como um modelo de boas práticas na integração entre políticas públicas, setor privado e sociedade civil, com impacto direto na redução da pobreza e no aumento das oportunidades de emprego e renda para os jovens. Importa destacar que todo esse progresso foi alcançado num contexto de adversidades, marcado pela conflitualidade e pelos desafios económicos e sociais enfrentados pela província de Cabo Delgado. Apesar do cenário de insegurança e da retração das multinacionais, o projeto manteve seu compromisso com o desenvolvimento local, adaptando suas estratégias e mantendo o foco na criação de oportunidades sustentáveis para os jovens da região. A adversidade não impediu a implementação das ações, mas reforçou a importância de uma abordagem resiliente e colaborativa.”.

Uma nova fase deste projeto se adivinha, a qual deverá iniciar já em meados de 2025, abrangendo Cabo Delgado e Nampula. Desejamos que a mesma continue a aprofundar os resultados obtidos pela 1ª fase -piloto e que consiga superar os muitos desafios, melhorando as oportunidades económicas as condições de vida da população jovem do norte de Moçambique.

Obrigada a todos, União Europeia, Camões IP, parceiros e equipa +Emprego!

Vejam aqui o vídeo de balanço dos 4 anos do projeto.

Convidamos ainda todos a visitar o sítio e Facebook do projeto, bem como o ebook com testemunhos de 10 jovens empreendedores do projeto.

Ana Cristina Paulo

Coordenadora Geral do projeto +Emprego

 

 (1) Mundiconsulting, RELATÓRIO FINAL DO PROJECTO +EMPREGO EM PARCERIA PÚBLICO PRIVADA PARA OS JOVENS DE CABO DELGADO - RESULTADOS, DESAFIOS E LIÇÕES APRENDIDAS, 2020-2024, Dezembro 2024

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Conferência Final da 1ª Fase do Projeto + Emprego para os Jovens de Cabo Delgado

Teve lugar no dia 2 de dezembro a Conferência Final da 1ª fase do projeto +Emprego, em Maputo, na qual estiveram presentes cerca de 80 participante, e se apresentaram os principais resultados e se recordaram as lições aprendidas e que serão incorporadas na 2ª fase do projeto.

Na Sessão de Abertura tiveram lugar três intervenções, respetivamente do Embaixador de Portugal, António Costa Moura, do Embaixador da União Europeia em Moçambique, Antonino Maggiore, e do Secretário de Estado da Juventude e do Emprego de Moçambique, Oswaldo Petersburgo.

Na sua intervenção, o Embaixador de Portugal destacou os resultados e números obtidos pelo projeto, recordando que os mesmos foram obtidos num contexto marcado permanentemente pelo conflito e pela insurgência e pela crise económica, provocada pela retração dos megaprojetos do gás natural, que arrastou consigo a maioria das PME que constituíam o tecido empresarial de Cabo Delgado.

Referiu que um projeto não é só metas e números, acreditando que a maior valia do +Emprego esteve nas redes de parceria e de partilha de conhecimento que criou e nos jovens cujas vidas tocou e transformou.

Realçou, ainda, que acreditava que a melhor estratégia para enfrentar o problema do desemprego e da inclusão da população jovem é a aposta num ecossistema de emprego tecnicamente robusto e assente numa verdadeira coordenação entre todos os intervenientes. O projeto +Emprego provou que as parcerias público-privadas, o reforço da tecnicidade das instituições públicas visando a qualificação dos jovens e a sua empregabilidade e a cooperação entre as mesmas, tendo o jovem como foco, podem dar uma resposta eficiente e criar novos produtos que continuem a promover uma política ativa de emprego.

Terminou, agradecendo ao Governo de Moçambique, à União Europeia e aos parceiros e desejando muito sucesso aos jovens +Emprego, informando que uma nova etapa do projeto se iniciaria em breve, para a qual todas as lições aprendidas serão cruciais.

O Embaixador da União Europeia em Moçambique, por seu turno, referiu na sua intervenção que o +EMPREGO é um projeto que concretiza as ambições da iniciativa Global Gateway, que coloca em prática a abordagem da Equipa Europa e reforça o papel dos Jovens no centro da parceria entre a União Europeia e Moçambique.

A iniciativa Global Gateway pretende criar conexões sustentáveis e de confiança, através da promoção da transição verde e digital, e de investimentos em sectores como educação, formação profissional, saúde e pesquisa; e no cumprimento dos compromissos com o Global Gateway, os jovens desempenham um papel fundamental. Recordou que atualmente, a África é o continente mais jovem do mundo e Moçambique não é exceção, onde os jovens representam quase metade da população. A União Europeia vê esta tendência demográfica como uma oportunidade única para reforçar o potencial que os jovens têm como impulsionadores de mudança. Por isso foi desenhada uma Iniciativa da Equipa Europa denominada e-Juventude (TEI e-Juventude) que tem como principal objetivo realçar todo o potencial da juventude de Moçambique por meio de investimento e coordenação entre setores público, social e privado para promover as áreas de Educação, Emprego e Empoderamento dos jovens.

Destacou ainda os bons resultados do +Emprego, que para cumprir o seu objetivo, teve de se reinventar e se readaptar às novas dinâmicas do contexto, dando os parabéns a todos os que estiveram envolvidos na implementação do +EMPREGO, pela resiliência e determinação, com especial atenção à equipa de implementação do Instituto Camões.

O projeto provou que quando se investe nas pessoas, se investe num futuro melhor para todos, e a União Europeia continua dedicada a promover o desenvolvimento sustentável, a garantir paz e segurança e a fomentar um futuro onde ninguém seja deixado para trás em Moçambique.

Partilhou que a União Europeia está, com a Cooperação Portuguesa e as Instituições Públicas dos sectores de Ensino Técnico-profissional e de Emprego, a desenhar a 2ª fase do projeto +EMPREGO, através do qual desejam reafirmar o profundo compromisso em continuar a trabalhar com Moçambique para criar oportunidades para todo o seu povo, especialmente para os jovens.

Terminou dirigindo-se aos jovens +Emprego, destacando que os mesmos trabalharam arduamente num contexto difícil e superaram todos os desafios, provando que, com as ferramentas e oportunidades certas, se conseguem alcançar coisas incríveis. Recomendou que continuassem a aprender, a crescer e a sonhar e destacou que agora são modelos nas respetivas comunidades e que devem continuar a inspirar a próxima geração a seguir os seus passos.

O Secretário de Estado da Juventude e do Emprego de Moçambique, na sua intervenção, recordou que quando o Acordo de parceria relativo ao +Emprego foi assinado entre o Governo de Moçambique e de Portugal, em julho de 2021, Cabo Delgado vivia uma situação de grande conflitualidade e que a assinatura do mesmo trouxe esperança, mas igualmente uma enorme pressão para a sua implementação, podendo travar a mobilização dos jovens para as forças insurgentes e fazer acontecer coisas positivas na província.

A assinatura do Acordo foi simbólica para Moçambique, porque os parceiros davam um sinal de que era possível utilizar os mecanismos do Estado moçambicano para cooperar. O projeto +Emprego é uma bandeira dos parceiros, das entidades públicas, e do setor privado de Moçambique, porque os fundos da União Europeia foram utilizados de forma eficaz, para fazer acontecer coisas positivas.

Felicitou de seguida o Governo de Portugal, país irmão e de laços inquebráveis, bem como o Instituto Camões, pela forma incansável e dedicada com que implementou o projeto e pelos seus resultados.

Terminou dirigindo-se aos jovens beneficiários, sobretudo aos que estavam presentes na Conferência, referindo que eram um exemplo de resiliência e de inspiração, esperando verdadeiramente que mais jovens se inspirassem neles para lutarem para o bem e para a melhoria de Moçambique, evitando qualquer tipo de desvio, defendendo sempre Moçambique em primeiro lugar.

No programa foram ainda previstos 3 Painéis, dedicados a temas relevantes para o projeto, nomeadamente "Resultados e lições aprendidas", "Qualificar para um desenvolvimento sustentável" - incluindo-se neste Painel as intervenções relativas às iniciativas de qualificação de Jovens e de Formadores - e "Parcerias público privadas e Emprego e autoemprego de jovens em Cabo Delgado". Nos Painéis intervieram todos os parceiros do projeto e os consultores com intervenções no projeto mais significativas e relacionadas com cada um dos temas.

Na Conferência existiu ainda espaço para o testemunho de oito jovens beneficiários do projeto, designadamente Ivan Batista, Maiassa Rasse, Nadia Amaro, Wilton Sexta-Feira, Saíde Assane, André Pedro e Muassani Fonseca e Bachir Macassar. Os sete primeiros são empreendedores com empresas formalizadas com sucesso e o Bachir foi recrutado como Técnico pela empresa CONTACT Moçambique.

Encontre aqui as intervenções da Sessão de Abertura de Sua Exª Embaixador de Portugal em Moçambique e de Sua Exª o Embaixador da União Europeia em Moçambique, as intervenções do Painel 1: Coordenação do +Emprego; INEP /Secretaria de Estado da Juventude e Emprego; Fundação Aga Khan; Universidade UniLúrio; Instituto de Formação Profissional e Estudos Laborais Alberto Cassimo; e ainda a gravação de toda a Conferência, na qual poderá ouvir os testemunhos dos jovens beneficiários.

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INEP e +Emprego entregaram kits de apoio ao autoemprego a 9 empreendedores de Cabo Delgado

Decorreu em dezembro a última iniciativa em parceria com o Instituto Nacional de Emprego, de distribuição de kits de apoio ao autoemprego a 9 jovens empreendedores de Cabo Delgado, selecionados através de um Concurso de Ideias de negócio.

Os kits de apoio ao autoemprego incluíram as especialidades de Táxi Txopela, Transporte de Produtos Frescos, Cozinha, Internet, Café, Reciclagem, Instalação de Sistemas Solares, Marketing Digital e Comércio Geral.

A sessão foi dirigida por Maria de Lourdes Carrilho, Diretora Provincial da Juventude, Emprego e Desporto de Cabo Delgado, que na ocasião se dirigiu aos jovens presentes, alertando que devem "Zelar pela conservação do kit e usar os meios apenas para o desenvolvimento das suas atividades inerentes a geração de renda e criação de postos de trabalho através do autoemprego".

Usou o momento para deixar um conselho aos beneficiários dos kits dizendo que "todos os vossos sonhos se podem tornar realidade se tiverem coragem para persegui-los".

Os empreendedores foram previamente formados em gestão de micro e pequenas empresas e elaboraram o seu Plano de Negócio e viram a sua Ideia de Negócio aprovada no âmbito das Salas de Negócio organizadas em 2024 numa entre o INEP e a CTA.

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Formador do IFPELAC recebeu do ISQ o seu certificado de EUROPEAN WELDING INSPECTOR da EWF

O formador Felizardo Tingoma, do IFPELAC, recebeu do ISQ, Instituto de Soldadura e Qualidade, o seu certificado de EUROPEAN WELDING INSPECTOR (Standard Level) da EWF – EUROPEAN FEDERATION FOR EWF WELDING,JOINING AND CUTTING na Conferência Final da 1ª fase do projeto +Emprego.

Este diploma de Inspetor Internacional de Soldadura habilita o Felizardo a trabalhar em cerca de 23 países.

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NOTÍCIAS DOS NOSSOS PARCEIROS 

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SEETP já capacitou 2.586 formadores na componente psicopedagógica e 758 na componente tecnológica ou de especialidade, num universo de cerca de 8.000 formadores do Ensino Técnico Profissional

Na sua segunda semana de atividades, formadores do Ensino Técnico Profissional no Brasil, abriram uma nova etapa no processo de formação tecnológica. Desta vez a troca de experiência na componente de coordenação e gestão pedagógica entre Moçambique e Brasil, foi a tónica, como fator indispensável para o aperfeiçoamento do modelo de gestão escolar: matérias sobre o funcionamento e organização institucional, normas e regulamentos, ofertas formativas, projetos pedagógicos, quadro pessoal, processo de candidaturas e exames de admissão, sectores de ensino, plano de ensino e de aulas, seus objetivos, conteúdos, matérias e critérios; e sem deixar de fora o processo de avaliação e certificação dos estudantes foram destaque principal.

Numa ação, que visa garantir e melhorar o desenvolvimento de competências técnicas e psico-pedagógicas da classe, os formadores tomaram nota de aspetos relevantes, que irão subsidiar o compromisso do Governo Moçambicano em garantir, com qualidade, a formação de formandos com conhecimentos no saber-fazer, possibilitando alternativas e espaço no mercado de trabalho e do auto-emprego, através das ações de formação a serem implementadas pelo sector.

O subsector do ETP apresenta uma rede de 8.005 formadores, onde na componente psico-pedagógica já capacitou 2.586 dos 1.943 programados e na componente tecnológica ou de especialidade 758 dos 950 por atingir até dezembro do presente ano.

https://www.facebook.com/www.seetp.gov.mz/

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UniLúrio Business School realiza workshop sobre Empreendedorismo Universitário, com vista ao desenvolvimento de soluções para o mercado

Um Workshop sobre empreendedorismo Universitário teve lugar no dia 13 de dezembro na UniLúrio Business School sob o lema: Da ciência ao mercado, criando soluções para o futuro.

O Workshop, que esteve agendado para realizar-se no passado dia 6 de dezembro, foi adiado para a presente semana e contará com a participação do Professor Ibraimo Mussagy, Vice-Reitor para o Pelouro Académico da UniRovuma, economista de formação e empreendedor.

https://www.facebook.com/unilurio/

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A UniLúrio e a Montepuez Ruby Mining promovem treinamento em compostagem e produção de adubo orgânico

Através de uma parceria com a Universidade Lúrio, a Fundação E35-Reggio Emilia realizou um treinamento prático em técnicas de compostagem e produção de adubo orgânico para 16 colaboradores da Montepuez Ruby Mining.

A iniciativa marca o início de uma prática que a Montepuez Ruby Mining planeia implementar continuamente como uma solução alternativa para reduzir os resíduos orgânicos gerados pela empresa.

Este esforço reforça o compromisso de unir forças em prol da preservação ambiental e da promoção de práticas que beneficiem o meio ambiente e a comunidade.

https://www.facebook.com/unilurio/

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DESENVOLVIMENTO GLOBAL, ENERGIA E AMBIENTE

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Moçambique e as oportunidades no Pós-COP29: Caminhos para a transição energética

Ricardo Pereira, Presidente da Associação Moçambicana de Energias Renováveis (AMER), avaliando os resultados da COP29, afirmou que apesar dos avanços importantes no financiamento climático e no compromisso global com a transição energética, “ainda estamos longe de atingir as necessidades reais, que estão na casa dos triliões de dólares”

Uma das iniciativas promissoras apontadas por Ricardo Pereira foi o pacto de expansão de armazenamento de energias renováveis, liderado pelos Estados Unidos e União Europeia. “Tendo mais de 50% da população fora da rede, Moçambique está numa posição privilegiada para beneficiar deste compromisso, que prevê multiplicar por 15 a capacidade global de armazenamento de energia”, afirmou o Presidente da AMER.

Além disso, destacou os avanços na estruturação da rede elétrica em Moçambique, com melhorias como a implementação de um código de rede e uma central de despacho pela Eletricidade de Moçambique (EDM), colocando o País numa posição estratégica para atrair investimentos. Ricardo Pereira realçou, por outro lado, o impacto positivo de programas estratégicos como o ProEnergia, financiado pelo Banco Mundial, que já beneficia milhares de moçambicanos através da expansão da rede elétrica, e reforçou a necessidade de maior colaboração entre Governo e Sector Privado para apresentar propostas robustas e competitivas. “Falhámos no passado porque as nossas propostas não eram suficientemente detalhadas. Agora é o momento de unir esforços e garantir que Moçambique esteja na vanguarda dos investimentos climáticos e energéticos”, afirmou.

Pereira também destacou a importância da cooperação regional, apontando iniciativas como a criação de uma coligação de associações de energias renováveis na África Subsaariana. Ao avaliar o futuro, mostrou-se otimista: “2025 e 2026 serão anos de aceleração no acesso à energia. Com novos compromissos e programas renovados, Moçambique tem a oportunidade de transformar promessas em ações concretas”.

https://energypedia.info/wiki/Mo%C3%A7ambique_e_as_oportunidades_no_P%C3%B3s-COP29:_Caminhos_para_a_transi%C3%A7%C3%A3o_energ%C3%A9tica

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A produção de eletricidade em Moçambique através de parques solares cresceu 28,9% de janeiro a setembro de 2024

A produção de eletricidade através de parques solares em Moçambique cresceu 28,9% de janeiro a setembro, de 2024, fixando-se em mais de 71.264 MegaWatts-hora (MWh), contra 55.301 MWh registados em igual período de 2023. De acordo com o relatório da execução orçamental, apesar deste crescimento da produção, os parques solares garantiram apenas 0,5% da produção total nacional, liderada pelos aproveitamentos hidroelétricos, com 84,5%.

O documento recordou que o país prevê instalar, até 2030, mais centrais solares em pelo menos cinco regiões nacionais, estimando introduzir na rede uma capacidade de 1000 MegaWatts (MW) de produção elétrica. Esta ação vai ajudar a resolver, de forma simples e eficaz, o dilema da falta de energia em certos locais recônditos e ajudará também no processo de transição. A nova capacidade solar fotovoltaica concentrar-se-á no Dondo, Lichinga, Manje, Cuamba, Zitundo e noutros locais a identificar.

Para tal, o documento clarifica que os grandes investidores industriais que necessitam de grandes quantidades de eletricidade verde devem ser incentivados, através de um ambiente empresarial e regulamentar favorável para que possam desenvolver projetos de energia solar e eólica em larga escala.

Até 2050, o objetivo é ter pelo menos 7,5 GW de capacidade solar fotovoltaica instalada em Moçambique e até 2,5 GW de capacidade de energia eólica.

https://www.diarioeconomico.co.mz/2024/12/03/oilgas/renovaveis/producao-de-electricidade-atraves-de-parques-solares-cresceu-289-para-mais-de-71-mwh/

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JFS Algodoeira – a primeira empresa moçambicana no caminho da exploração agrícola regenerativa

O Grupo JFS, um dos produtores de algodão no país, tornou-se a primeira empresa em Moçambique a obter a certificação Regenagri – um programa de agricultura regenerativa que atesta a sustentabilidade da terra, a responsabilidade social e ambiental da cadeia de produção agrícola -, informou recentemente o Grupo JFS através de um comunicado.

Fundado em 1897, o grupo trabalha com 40 mil pequenas fazendas, fornecendo crédito sem juros para insumos, treino e assistência técnica, bem como acesso a certificações. “Tudo isto é feito em alinhamento com os preços mínimos definidos pelo Governo, com base nas condições do mercado internacional, garantindo que os agricultores recebam cerca de 60% do valor de exportação de fibra FOB (free on board)”, lê-se na nota.

O CEO do JFS Group, Francisco Ferreira dos Santos, declarou que obter a “certificação Regenagri é um marco importante no nosso compromisso com a responsabilidade social e ambiental. Vemos a produção de algodão como a nossa oportunidade de regenerar vidas e a terra. A agricultura global precisa de se adaptar, e a de pequena escala não é exceção. Moçambique, com o seu sistema agrícola tradicionalmente de baixo insumo e multiculturas, está bem posicionado para se tornar um modelo de agricultura regenerativa, beneficiando tanto os agricultores quanto todo o ecossistema.”

https://revista.negocios.co.mz/grupo-jfs-e-a-primeira-empresa-a-obter-certificacao-regenagri-em-mocambique/

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Moçambique desenvolve estratégia para impulsionar sector do Café, e Cabo Delgado está entre as regiões de elevada produção

O governo está a elaborar uma estratégia para fortalecer a competitividade do sector do café, com o objetivo de melhorar a cadeia de valor e estabelecer estatísticas mais precisas para a planificação e produção desta cultura no país, informou o jornal notícias, no dia 10 de dezembro.

Segundo noticiou o órgão, o chefe do Departamento de Tecnologias Rurais na Direção Nacional do Desenvolvimento Económico Local, Tiago Luís, revelou que “o plano irá operacionalizar investimentos no subsector do café, respondendo às demandas dos produtores por maior clareza e organização na área”. A iniciativa conta com o apoio de organismos internacionais, incluindo a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO).

A estratégia é parte de um projeto maior para o desenvolvimento inclusivo e sustentável das cadeias de agro-valor em Moçambique, reforçando o papel do café como uma cultura estratégica. A adesão do país à Organização Internacional do Café (OIC) há cerca de um ano também foi destacada como um marco para facilitar o acesso à assistência técnica e ampliar a presença em mercados globais.

Atualmente, a produção de café em Moçambique concentra-se nas províncias de Cabo Delgado, Manica e Sofala. O objetivo é transformar o sector numa indústria capaz de gerar divisas e melhorar a vida dos produtores, ao mesmo tempo que posiciona o país como um importante ator no mercado internacional.

https://www.diarioeconomico.co.mz/2024/12/10/negocios/agronegocios/mocambique-desenvolve-estrategia-para-impulsionar-sector-do-cafe/

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INDICADORES SOCIOECONÓMICOS DA REGIÃO NORTE 

CABO DELGADO E NAMPULA

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Moçambique vai beneficiar de 15 M$ para projetos de segurança alimentar e nutricional, com foco em Cabo Delgado

Moçambique vai receber em breve um total de 15 milhões de dólares para financiar projetos de segurança alimentar e nutricional que sejam resilientes ao clima e assegurem a estabilidade a mulheres, jovens e pequenos agricultores. De acordo com uma informação divulgada pelo Semanário Económico, do total da verba, 11 milhões de dólares serão disponibilizados pelo Fundo Africano de Desenvolvimento através de uma subvenção do Mecanismo de Apoio à Transição (TSF), criada pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), com o objetivo de fornecer recursos concessionais adicionais aos países que enfrentam situações de fragilidade e conflito. Segundo o artigo, os restantes 4 milhões de dólares virão da Agência de Cooperação Internacional da Coreia (KOICA) e do Ministério Federal Alemão para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (BMZ), sendo que o projeto será executado pelo Programa Alimentar Mundial (PAM) em parceria com os ministérios moçambicanos da Terra e Ambiente e da Agricultura e Desenvolvimento Rural.

“O objetivo geral da iniciativa é apoiar o Governo de Moçambique na melhoria da segurança alimentar, da resiliência climática e na promoção da inclusão socioeconómica adaptada ao clima onde as populações vivem, sobretudo as afetadas por conflitos em Cabo Delgado”, descreve-se na notícia.

Com base na iniciativa, as comunidades vão passar a ter acesso à energia, água e alimentos, e o desenvolvimento e investimento do sector privado serão estimulados, contribuindo também para a consolidação da paz. “Vão ser abrangidas, numa primeira fase, as comunidades residentes ao longo da bacia do rio Messalo, em Mocímboa da Praia, no norte de Cabo Delgado. Em linha com a dinâmica de mudança e o crescente regresso voluntário dos deslocados internos aos seus locais de origem, o PAM apoiará as comunidades e agregados familiares vulneráveis, com foco no regresso, concedendo prioridade aos agregados familiares chefiados por mulheres”, lê-se na informação do Semanário Económico.

https://www.diarioeconomico.co.mz/2024/11/26/economia/desenvolvimento/mocambique-vai-beneficiar-de-15-m-para-projectos-de-seguranca-alimentar-e-nutricional/

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O distrito de Monapo, em Nampula, realizou a primeira conferência de investimentos destinada a mostrar as potencialidades locais – da produção de castanha de caju, ao turismo e ao agro-processamento

O distrito de Monapo, na província de Nampula, realizou recentemente a primeira conferência local de investimentos, onde apresentou as suas potencialidades nas áreas da agricultura, recursos minerais, florestais, além de turismo e agro-processamento, com o objetivo de despertar o interesse de potenciais investidores nacionais e internacionais.

O governador da província de Nampula, Manuel Rodrigues, afirmou que a primeira conferência distrital de investimentos constitui uma oportunidade ímpar para um diálogo e reflexão franca sobre as linhas de ação a seguir para o desenvolvimento social e económico, face ao potencial de que o distrito dispõe.

Rodrigues destacou que a castanha de caju, considerada a cultura de bandeira (cerca de 130 mil toneladas por época), é a que mais impacta a vida dos cerca de 400 mil habitantes de Monapo, pois constitui a principal fonte de rendimento familiar e contribui para o crescimento do parque industrial através do processamento. Segundo outros dados partilhados pelo governador, neste momento, o sector de processamento do caju emprega diretamente mais de mil trabalhadores, e outros cerca de quinze mil de forma indireta.

No entanto, reconheceu que as comunidades de Monapo enfrentam vários desafios, com destaque para a limitada capacidade financeira e infraestrutural, deficiente sistema de comercialização, insuficiência de tecnologias para o aumento da produção e produtividade, entre outros, que devem ser identificados pelo sector privado como oportunidades, e sugerir ao governo a sua intervenção para operacionalizá-los.

https://www.wamphulafax.co.mz/2024/12/03/monapo-mais-aberto-a-investimentos/

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Casa Provincial da Cultura volta a funcionar em Pemba

No âmbito do Programa de Reconstrução Pós-Ciclones, através do Gabinete de Reconstrução Pós-Ciclones, a Casa Provincial de Cultura (CPC) em Pemba foi modernizada e reinaugurada no passado dia 25 de novembro. A CPC está inserida num lote para a reabilitação de 3 infraestruturas públicas (Casa Provincial de Cultura, Conselho Executivo Provincial e o Tribunal Judicial Provincial), afetadas pelo Ciclone Kenneth que devastou a Província em 2019.

Com uma injeção financeira do Banco Mundial, a CPC ressurge através de um orçamento de 64.213.549,00 MT, com todas as infra-estruturas (a tribuna, o palco, 4 salas de aula e um edifício administrativo), reabilitadas, tendo as obras iniciado em Outubro de 2023. O bloco das salas de aulas foi reforçado com 3 salas de aula de música, 1 arrumo, apetrechado com instrumentos musicais, abastecimento de água e capital humano (2 professores de música), no âmbito do Projeto Música Para Todos, entre outros elementos complementares através dos Projetos “Cantate” e “Advancing Arts for Youth in Pemba and Metuge”.

O Governador da Província, Valige Tauabo, destacou a importância de espaços adequados para a interação e intercâmbio cultural, possibilitando que mais jovens possam participar em atividades que promovam narrativas positivas, endereçando menções de apreço a todos os parceiros que contribuíram e que contribuem para o reforço da CPC.

Iolanda Almeida, Diretora Provincial da Cultura e Turismo enalteceu a colaboração e envolvimento de todos, para a materialização deste desiderato, alinhado com o início dos 16 dias de ativismo contra a violência às mulheres e raparigas, com seu auge a 10 de dezembro, que coincide com o aniversário da CPC.

https://web.facebook.com/story.php?story_fbid=965677922257283&id=100064452529683&_rdc=1&_rdr

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RECURSOS +EMPREGO

Estudo de Recursos Humanos prospetivos de Cabo Delgado

Com o apoio dos serviços da Concorde Serviços-Consultoria & Formação, foi elaborado um estudo sobre os Recursos Humanos Estratégicos para Cabo Delgado, com o objetivo de propor recomendações para ajustar, tanto quantitativa como qualitativamente, a oferta de formação profissional e de educação técnica, de acordo com os níveis do sistema nacional de qualificações.

O foco é na melhoria da relevância e pertinência da formação, com base nas necessidades de perfis profissionais estratégicos a 5 e 10 anos, em linha com os objetivos de desenvolvimento socioeconómico de cada distrito de Cabo Delgado. Este estudo visa responder à crescente procura por qualificação da mão-de-obra em Cabo Delgado, diante das mudanças económicas que a província vive, especialmente com os investimentos nos sectores de gás natural, mineração e agricultura. Estes sectores têm o potencial de gerar novos postos de trabalho e impulsionar o crescimento de uma economia local mais robusta. No entanto, a realização deste potencial depende diretamente da qualificação da força de trabalho, o que faz da oferta de formação técnica e profissional uma prioridade.

Veja o estudo aqui.

DISCLAIMER

Esta publicação foi produzida com o apoio financeiro da União Europeia. O seu conteúdo é da exclusiva responsabilidade dos seus autores e não reflete necessariamente a posição da União Europeia.

 

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